29 agosto 2012

Gelo no Árctico bateu recorde mínimo e vai ainda continuar a diminuir

Nunca houve tão pouco gelo no Pólo Norte como este ano, batendo-se o recorde de 2007. Nas próximas semanas, o gelo continuará a derreter, mas o Verão de 2012 já tem a marca das alterações climática.
 
Era uma questão de tempo, mas aconteceu agora. A área de gelo no Árctico atingiu a sua extensão mínima, batendo o recorde de Setembro de 2007. Desde 1979, quando se iniciaram as medições do gelo do Árctico por satélite, que nunca se tinha medido uma área branca tão pequena no Pólo Norte. O gelo vai continuar a derreter nas próximas duas ou três semanas, por isso é preciso aguardar pelo final do Verão para se determinar qual será o novo recorde de 2012.

O gelo do Árctico está por cima do oceano. Todos os anos por esta altura, os climatólogos seguem com atenção a evolução do tamanho da área branca. O fenómeno faz parte do ciclo meteorológico anual: no Inverno o frio faz aumentar a área de gelo no Pólo Norte e, mais ou menos a partir de Abril, há mais gelo a derreter-se do que a ser formado, o que faz inverter o ciclo até meados de Setembro.

Mas, na última década, têm-se observado verões com cada vez menos gelo, atingindo-se valores muito abaixo da média entre 1979 e 2000. Uma mudança que os cientistas dizem ser uma consequência das alterações climáticas causadas pelas actividades humanas que emitem para a atmosfera dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa, que fazem com que a Terra retenha mais calor da radiação solar.

"O balanço de energia no Árctico está a mudar. Há mais calor, estamos a perder mais gelo sazonal", disse recentemente Julienne Stroeve, cientista do Centro Nacional de Dados de Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, sigla em inglês), ao jornal britânico Guardian. "Há 15 anos não esperaria ver mudanças tão drásticas - ninguém esperaria. A temporada com menos gelo é muito maior agora. Há 20 anos era de um mês, agora são três. Há uma semana, a temperatura no Árctico era de 14 graus Celsius, o que é bastante quente."

Os cientistas estavam à espera que este recorde fosse atingido. "A cobertura de gelo no Árctico derreteu até à sua extensão mínima, de acordo com registos de satélite de domingo", alertou ontem o NSIDC, em comunicado. Ou seja, a área de cobertura do gelo atingiu, a 26 de Agosto, segundo aquele centro norte-americano, só 4,10 milhões de quilómetros quadrados, o que é menos do que os 4,17 milhões alcançados a 18 de Setembro de 2007.

Na última quinta-feira, o Centro de Monitorização Remota da Noruega já tinha anunciado esta cobertura mínima de gelo, tal como fez dias depois a Agência de Exploração Espacial do Japão. O NSIDC veio agora confirmar o fenómeno. As pequenas diferenças relativas ao dia em que tal mínimo se atingiu devem-se à forma como se mede o gelo.

"No contexto do que se tem passado nos últimos anos, esta é uma indicação de que a cobertura do gelo oceânico do Árctico está a mudar", disse Walt Meier, do NSIDC. Para o director deste centro, Mark Serreze, o gelo está tão fino e frágil que, independentemente das condições atmosféricas, derrete-se com muita facilidade.

Até 2050, prevê-se que o Árctico passe a ter verões sem gelo, uma mudança significativa não só visualmente, como a nível climático e económico. O gelo tem uma capacidade muito grande de reflectir a luz do Sol e, se não existir, a Terra aquece ainda mais e as alterações climáticas aceleram-se. Não se sabe o que acontecerá aos padrões das correntes oceânicas, e que consequências isso terá por sua vez no clima, mas a exploração dos recursos minerais tornar-se-á, pela primeira vez, uma possibilidade naquela região. E tudo parece estar a acontecer mais depressa do que se esperava.
 
via: publico.pt

As consequências das temperaturas elevadas na saúde

Os elementos do clima podem ter efeitos devastadores sobre a natureza e sobre o Homem. O jornal Público, apresenta no seu site, uma infografia que mostra os efeitos das "ondas de calor" em Portugal ao longo de várias décadas.
 

25 julho 2012

Degelo na Gronelândia



A NASA confirmou que a capa de gelo que cobre a Gronelândia – desde as suas bordas mais finas até à grossa camada do centro, com quase três quilómetros de espessura – foi este ano alvo de um degelo à superfície. Em 30 anos de observação por satélite, é a primeira vez que este fenómeno é observado com esta magnitude naquele território autónomo dinamarquês, indica a NASA. Apesar de cerca de metade da superfície da área gelada da Gronelândia normalmente derreter durante os meses de Verão, a velocidade (em apenas quatro dias, entre 8 e 12 de Julho) e a escala em que isso ocorreu este ano surpreendeu os cientistas, que já descreveram o fenómeno como “extraordinário”, relata a BBC.



Até ao momento a mais extensa área de degelo observada nas últimas três décadas rondava os 55% da ilha. Sabe-se, porém, que em 1889 houve um degelo na zona mais alta e gélida da ilha, tal como aconteceu este ano. “Quando vemos degelo em zonas que não tínhamos visto antes, pelo menos durante um longo período de tempo, isso faz-nos questionar o que é que se está a passar”, disse o cientista chefe da NASA, Waleed Abdalati. “É um grande sinal, cujo significado só conseguiremos entender nos próximos anos”, disse, citado pela BBC. Abdalati esclareceu que ainda não é possível determinar se este é um fenómeno natural, embora raro, ou se este degelo se fica a dever ao aquecimento global provocado pelo Homem. 


Esta notícia vem a público apenas alguns dias depois de a NASA ter publicado imagens recolhidas por satélite em que se vê um icebergue com o dobro do tamanho de Manhattan a desprender-se da Gronelândia.

via publico.pt

25 junho 2012

O mundo britânico visto de cima

A BBC, símbolo de qualidade jornalística, tem no ar o programa "Britain form Above". O programa permite conhecer o território britânico de uma perspetiva diferente, a áerea. A não perder...

http://www.bbc.co.uk/britainfromabove/stories/visualisations/planes.shtml

23 junho 2012

A importância dos transportes marítimos

Porto de Singapura

O terminal de Singapura é um dos maiores do mundo, movimentando aproximadamente 1/5 dos contentores a nível mundial. A localização geográfica priveligiada torna este porto fundamental enquanto ligação entre Oriente e Ocidente.